Passagens Bíblicas
Novo Testamento
Lucas | Capítulo 22
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Lucas | Capítulo 22
Índice
Estava se aproximando a festa dos pães ázimos, que é chamada Páscoa.
Os principais sacerdotes e os escribas procuravam um meio de matar Jesus, mas eles temiam o povo.
Então Satanás entrou em Judas Iscariotes, que era um dos Doze apóstolos.
Judas dirigiu-se aos principais sacerdotes e capitães para combinar a maneira como ele ia lhes entregar Jesus.
Eles se alegraram, e concordaram em lhe dar dinheiro.
Judas aceitou e começou a buscar uma oportunidade de trair Jesus quando a multidão não estivesse presente.
Entendimento Judas trai Jesus Lucas 22:1-6
No Evangelho de Lucas capítulo 22, entramos nas últimas horas de vida de Jesus sobre a Terra.
Nos versículos 1 a 6, mais precisamente, observamos um momento triste, de conspiração por parte dos principais sacerdotes do Templo de Jerusalém contra Jesus. Esses líderes buscavam um meio, a todo custo, para matar Jesus, uma vez que Jesus, com sua autoridade moral e sinceridade, questionava a forma como eles conduziam a crença daquele povo, se aproveitando de sua fé. Mas, como eram hipócritas e tinham medo da reação do povo, buscavam um meio de capturar Jesus, sem conhecimento da população.
Neste instante, surge Judas Iscariotes que se deixa envolver pelo mal e pela ganância, e resolve trair Jesus em troca de dinheiro.
Apesar da traição e do triste evento que, infelizmente, culmina com a crucificação e morte de Jesus, vemos que tudo ocorre de acordo com a planificação Divina, revelando Sua soberania.
O mal está sempre à espreita e basta nos desviarmos do bem, para que sejamos suas presas.
Do mesmo modo, o bem também está sempre a nossa disposição, porém, alguns consideram que fazer o bem, estar em comunhão com Deus, orar e vigiar, dá trabalho e, por isso, se deixam ser seduzidos pelo mal.
Chegou o dia da festa dos pães ázimos, onde era costume sacrificar um cordeiro para comemorar a Páscoa.
Jesus, então, disse a Pedro e João:
— Vão e preparem a ceia de Páscoa para todos nós comermos.
Pedro e João lhe perguntaram:
— Onde o Senhor quer que a preparemos?
Jesus respondeu:
— Quando entrarem na cidade encontrarão um homem carregando um pote de água. Sigam ele até a casa que ele entrar e, então, digam ao dono da casa: “O Mestre perguntou, onde é a sala que ele poderá comer a ceia de Páscoa com seus discípulos?” E ele lhes mostrará um grande quarto mobiliado no andar superior. Ali, devem fazer os preparativos.
Pedro e João foram e encontraram tudo conforme Jesus tinha lhes dito. Eles, então, prepararam tudo para a ceia de Páscoa.
Entendimento Jesus manda preparar a ceia de Páscoa Lucas 22:7-13
Em Lucas capítulo 22, versículos 7 a 13 mostra as orientações de Jesus para com seus discípulos, no preparo da ceia de Páscoa.
Pedro e João teriam que assegurar que a sala estaria disponível para a ceia e eles seguiram as orientações de Jesus e acharam e fizeram tudo o que foi pedido.
Este será um acontecimento importante entre Jesus e seus doze principais discípulos. Esta será a última ceia de Jesus, também conhecida como a Santa Ceia. Jesus os reunirá com amor, com humildade e compartilhará informações preciosas com alguns daqueles a quem ele estimava.
Jesus, mais uma vez, revela sua superioridade moral e espiritual, pois sabia que seria traído por um de seus discípulos, mas, em uma atitude de humildade e perdão antecipado, Jesus deseja compartilhar seus últimos momentos com seus discípulos amados, mesmo com aquele que viria a traí-lo.
Chegada a hora da ceia de Páscoa, Jesus e seus apóstolos se puseram à mesa e Jesus disse:
— Desejei muito comer esta ceia de Páscoa com vocês antes de sofrer. Porque digo a vocês que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus.
Então Jesus pegou o cálice de vinho, deu graças a Deus e disse:
— Tomem isto e repartam uns com os outros, porque digo a vocês que não beberei mais do fruto da videira até que venha o Reino de Deus.
Depois pegou o pão e deu graças a Deus. Em seguida partiu o pão e o deu aos seus apóstolos, dizendo:
— Isto é o meu corpo que é entregue em favor de vocês. Façam isto em minha memória.
Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo:
— Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. O Filho do Homem vai, como foi determinado; mas ai daquele que o trair!
Os apóstolos começaram, então, a perguntar entre si qual deles iria fazer isso.
Entendimento A última Ceia do Senhor Lucas 22:14-23
Nos versículos 14 a 23, capítulo 22, do Evangelho de Lucas presenciamos o desfecho da última ceia de Jesus sobre a Terra, conhecida no meio cristão como Santa Ceia.
Um momento significativo para Jesus e seus Apóstolos.
Uma ocasião repleta de simbolismo e de profunda união entre Jesus e seus Apóstolos.
Durante a ceia, Jesus compartilha pão e vinho com eles, dando um novo significado fundamental na vida cristã ao partilhá-los.
O vinho representa a nova aliança feita entre Deus e o povo, e o sangue de Jesus derramado em favor de todos.
O pão compartilhado por Jesus representa o seu corpo entregue, também em favor de todos.
Mas, mesmo trazendo um novo significado, pois esse compartilhamento também representa comunhão, é um momento de sombra: a traição por parte de um dos Apóstolos que, como sabemos, culminaria na prisão e morte de Jesus.
A Santa Ceia nos traz lições valiosas sobre amor, humildade, compaixão, perdão e união fraternal que todos devemos seguir.
Surgiu entre os apóstolos uma discussão sobre qual deles deveria ser considerado o mais importante.
Então Jesus lhes disse:
— Os governantes das nações as dominam, e os que exercem autoridade sobre elas fazem-se chamar benfeitores. Mas entre vocês não deve ser assim; ao contrário, o mais importante entre vocês, que se torne como o menos importante, e aquele que comanda, que se torne aquele que serve. Pois, quem é maior? O que está à mesa ou o que está servindo? Claro que não é o que está à mesa! Estou entre vocês como aquele que serve. Vocês são os que perseveraram comigo em minhas provações. Por isso, entrego a vocês o Reino, assim como meu Pai o entregou a mim, para que comam e bebam à minha mesa, em meu Reino e vocês sentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel.
Entendimento Quem é o mais importante Lucas 22:24-30
Em Lucas, capítulo 22, versículos 24 a 30, Jesus interfere na disputa entre os apóstolos, onde discutiam sobre qual deles seria o mais importante entre eles. Jesus ensina que a grandeza não está no poder ou na autoridade, mas no servir ao próximo e na humildade, como ele próprio demonstra ao servir.
Jesus enfatiza que, assim como Deus lhe confiou uma missão, ele também confiou aos apóstolos uma missão: a de servir e, no futuro, partilhar com ele sua mesa no Reino, recebendo o poder de julgar as doze tribos de Israel.
As Doze Tribos de Israel, segundo a tradição bíblica, são os descendentes dos 12 filhos de Jacó e que formaram a nação israelita. Cada tribo tinha características e territórios distintos, contribuindo para a vida política, econômica e espiritual do povo de Israel.
Os doze filhos de Jacó são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Isacar, Zebulom, José e Benjamim.
Após a morte do rei Salomão, o reino de Israel se dividiu e nove das tribos foram exiladas, enquanto Judá e Benjamim permaneceram juntos, originando o povo judeu.
Jesus disse: “Simão, Simão, Satanás quer você, para peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E, quando você se converter, fortaleça os seus irmãos".
Mas ele respondeu: "Estou pronto para ir contigo para a prisão e para a morte".
Jesus respondeu: "Eu digo, Pedro, que antes que o galo cante hoje, três vezes você negará que me conhece".
Entendimento Jesus avisa Pedro sobre suas negações Lucas 22:31-34
Nesta passagem do Evangelho de Lucas, capítulo 22, versículos 31 a 34, vemos, após a última ceia com os discípulos e no caminho para o Getsêmani, Jesus revelar a Pedro que ele negaria conhecê-lo três vezes, apesar de Pedro afirmar-lhe o contrário.
O aviso de Jesus a Pedro, sobre Satanás estar tentando-o, é um alerta de Jesus sobre a fraqueza humana e o medo, e que, no caso, levaram Pedro a afastar-se de Jesus, diante das perseguições que poderia sofrer e das consequências.
Jesus perguntou aos seus discípulos: "Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa?"
Eles responderam: "Nada".
Jesus então lhes disse: "Mas agora, se vocês tiverem bolsa, levem-na e, também, saco de viagem; e, se não tiverem espada, vendam sua capa e comprem uma. Porque digo a vocês que é preciso que se cumpra em mim aquilo que está nas Escrituras Sagradas: ‘Ele foi tratado com um criminoso’. De fato, o que foi escrito a meu respeito vai se cumprir.
Os discípulos disseram: "Senhor, aqui estão duas espadas".
Jesus respondeu: "É o suficiente!".
Entendimento Jesus instrui os discípulos Lucas 22:35-38
Nessa passagem do Evangelho de Lucas, capítulo 22, versículos 35 a 38, Jesus transmite seus ensinamentos finais aos discípulos, antes de sua prisão.
Após a última ceia, eles seguem para o Monte das Oliveiras e lá Jesus lhes diz o que precisarão para o trabalho e futura missão.
Neste trecho, Jesus, dentre outras coisas, lhes fala sobre compra de espadas, mas essa questão, colocada por Jesus, é apenas simbólica, cumprindo aquilo que consta nas Sagradas Escrituras e que, como ele mesmo cita sobre si mesmo, seria considerado como um criminoso.
Infelizmente, muitos, até os dias de hoje, utilizam esse trecho do Evangelho de Lucas para legitimar a aquisição de armamento, porém, essa é uma interpretação equivocada.
Jesus, que pregou a paz e o amor a todos em sua passagem pela Terra, jamais diria a alguém que portasse uma arma. Ele está indicando a necessidade de confiarem em Deus e se prepararem moral e espiritualmente, para a violência que enfrentariam, bem como, a perseguição que futuramente seus discípulos sofreriam por pregar seu Evangelho.
Jesus foi ao Monte das Oliveiras, como de costume, e seus discípulos o seguiram.
Ao chegar lá, Jesus disse-lhes:
— Orem para que não caiam em tentação.
E afastou-se um pouco deles, ajoelhou-se e começou a orar:
— Pai, se quiseres, afaste de mim este cálice, mas não faça a minha vontade, mas a sua.
Então apareceu um anjo do céu que o fortalecia.
Jesus, estando angustiado, orou ainda mais intensamente. E o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão.
Levantando-se da oração, Ele veio para seus discípulos, e encontrou-os dormindo, dominados pela tristeza.
E Jesus perguntou-lhes:
— Por que estão dormindo? Levantem-se e orem para que não caiam em tentação.
Entendimento Jesus no Monte das Oliveiras Lucas 22:39-46
Lucas capítulo 22, versículos 39 a 46 narra que Jesus foi orar no Monte da Oliveiras acompanhado por alguns discípulos, então os orientou para orarem para não caírem em tentação e se afastou.
Então de joelhos Jesus orou e pediu a Deus para que afastasse o cálice, isto é, o sofrimento e a morte que estavam por vir, mas, humildemente disse a Deus que fosse feita a vontade de Deus e não a sua, reconhecendo a soberania de Deus, a quem deve obediência.
Jesus após esta súplica, se manteve em prece e um anjo de Deus apareceu para fortalecê-lo. Mas mesmo assim, Jesus em agonia, orava mais intensamente, e seu suor tornou-se semelhante a espessas gotas de sangue que caíram no chão.
Após este momento de súplica e devoção, aceitando os desígnios de Deus sem reclamar, demonstrando respeito e submissão à vontade de Deus, Jesus retorna para perto de seus discípulos que estavam dormindo.
Então, Jesus novamente os alerta para não caírem em tentação.
Isto é válido para todos nós, para nos mantermos em oração nos momentos de dificuldades, para sermos resignados e pacientes durante esses momentos e sempre estarmos vigilantes e em prece para não cairmos em tentação.
Enquanto Jesus falava com seus discípulos, apareceu uma multidão conduzida por Judas, um dos doze. Ele se aproximou e beijou Jesus para saudá-lo.
Então Jesus disse:
— Judas, com um beijo você está traindo o Filho do Homem?
Quando os que estavam ao redor, viram o que iria acontecer, perguntaram a Jesus:
— Senhor, atacaremos com espadas?
E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
Jesus respondeu:
— Basta!
E tocando-lhe a orelha, o curou.
Então Jesus disse aos principais sacerdotes, capitães do Templo, e anciãos que tinham vindo contra ele:
— Por que vocês vieram com espadas e paus para me prender como se eu fosse um bandido? Todos os dias eu estive com vocês no Templo e vocês não levantaram a mão contra mim. Mas esta é a hora de vocês e das trevas reinarem.
Entendimento A traição e prisão de Jesus Lucas 22:47-53
No Evangelho Lucas, capítulo 22, versículos 47 a 53, presenciamos a traição e prisão de Jesus.
Um momento, também, de violência, mas de submissão, por parte de Jesus, a Deus.
No Jardim do Getsêmani, onde orava, acompanhado pelos discípulos, Jesus é surpreendido por uma multidão de pessoas armadas, e liderada por Judas Iscariotes.
Jesus então é preso, sem oferecer qualquer resistência, entregando-se pacificamente.
Judas, havia entregado Jesus aos sumos sacerdotes do templo em troca de 30 moedas de prata.
Vemos aqui como o mal é capaz de infiltrar-se, se for permitido.
Em meio à confusão, um dos discípulos, tenta intervir e apanhando sua espada, fere um dos homens que veio para prender Jesus.
Porém, o discípulo é repreendido por Jesus, que restaura a orelha do homem ferido, interrompendo assim o caos e a violência.
Neste triste episódio, observamos o quanto Jesus é capaz de sacrificar-se por seus semelhantes e, igualmente, perdoar, demonstrando ainda seu imenso amor pelos semelhantes.
Exemplos que nos cabe refletir profundamente e segui-los.
Jesus foi preso e levado para a casa do sumo sacerdote.
Pedro o seguiu de longe.
Todos estavam sentados ao redor de uma fogueira no pátio, e Pedro sentou-se com eles.
Uma criada o viu, olhou fixamente para ele e disse:
— Este homem estava com ele.
Mas Pedro negou, dizendo:
— Mulher, eu não o conheço.
Pouco tempo depois, um homem o viu e disse:
— Você também é um deles.
E Pedro respondeu:
— Homem, não sou.
Quase uma hora depois, outro homem afirma insistentemente:
— Com certeza este homem também estava com ele, pois é galileu.
Pedro disse:
— Homem, eu não sei o que está dizendo.
E imediatamente, enquanto falava, o galo cantou.
Jesus voltou-se e olhou diretamente para Pedro. Então, Pedro se lembrou do que Jesus tinha lhe dito: "Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes".
Pedro saindo, chorou amargamente.
Entendimento Pedro nega Jesus Lucas 22:54-62
No Evangelho de Lucas, capítulo 22, testemunhamos o momento que marca o início do sofrimento de Jesus.
Nos versículos 54 a 62, Jesus, depois de ser preso, é levado até o conselho judaico, conhecido como Sinédrio, para ser julgado. Um julgamento marcado pela hipocrisia e por falsas acusações para condená-lo à morte.
Pedro, um dos apóstolos, o acompanha até o local.
Pedro é reconhecido como seguidor de Jesus e, então, é confrontado por várias pessoas, mas, Pedro nega veementemente conhecê-lo três vezes.
Na sequência, quando o galo canta, Pedro, imediatamente se lembra das palavras de Jesus, saindo de onde estava, chorando amargamente.
Em resumo, este é um momento onde observamos a pressão espiritual do mal sobre todos e a fraqueza de Pedro.
Após ser preso, os guardas que vigiavam Jesus, zombavam dele e, também, o feriam.
Vendaram então seus olhos e batiam em seu rosto, perguntando:
— Profetiza, quem é que lhe bateu?
E diziam muitas outras coisas contra Jesus, insultando-o.
Ao amanhecer, Jesus foi levado para ser julgado, onde estavam os anciãos do povo, os sumos sacerdotes e os escribas, que lhe perguntaram:
— Diga-nos, você é o Cristo?
Jesus respondeu:
— Se eu disser que sim, não acreditarão em mim. E se eu também lhes perguntar, vocês não saberão responder e nem me soltarão. De hoje em diante o Filho do Homem se sentará à direita de Deus todo-poderoso.
Todos perguntaram:
— Então, você é o Filho de Deus?
Jesus respondeu:
— Vocês dizem que sou.
Com isso, disseram:
— Qual testemunho mais precisamos? Todos nós ouvimos de sua própria boca.
Entendimento Jesus diante do Sinédrio Lucas 22:63-71
No Evangelho de Lucas, capítulo 22, versículos 63 a 71, presenciamos o falso e injusto julgamento de Jesus pelo Sinédrio.
O Sinédrio era uma assembleia de líderes religiosos que julgavam o povo de acordo com a Lei de Moisés e suas tradições religiosas.
Entretanto, antes de ser conduzido ao Sinédrio, Jesus, enquanto estava sendo vigiado, foi humilhado, insultado e agredido.
Depois, Jesus foi levado para julgamento e, de forma calma e digna, responde às falsas acusações, porém as aceita, aguardando o cruel destino, mas confiando em Deus.
Este é um momento onde observamos o falível sistema de justiça humano, mas, Jesus, para cumprir a vontade de Deus, aceita a tudo silenciosamente, permanecendo fiel ao propósito Divino mesmo diante da perseguição.