Certa ocasião, alguns escribas e fariseus de Jerusalém se apresentaram a Jesus lhe disseram: 

— Por que seus discípulos desobedecem a tradição dos antepassados? Eles não lavam as mãos antes das refeições.

Jesus respondeu: 

“E vocês, por que desobedecem os mandamentos de Deus em nome da tradição de vocês mesmos? 

Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’; e ainda: ‘Quem amaldiçoar pai ou mãe merece a morte!’ 

Mas vocês ensinam que todo aquele que der uma oferta ao senhor está dispensado de honrar pai e mãe e assim anulam a palavra de Deus em nome da tradição de vocês. 

Hipócritas! Isaías tinha razão quando profetizou a respeito, dizendo: “Este povo me honra com a boca, mas seu coração está longe de mim”.

O culto que me prestam é em vão, pois o que ensinam não passa de preceitos humanos!”

Depois Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: 

— Escutem e compreendam: Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas aquilo que sai de sua boca é que torna o homem impuro.

Entendimento Tradições dos fariseus (parte 1) Mateus 15:1-11

Em Mateus, capítulo 15, versículos 1 a 15, alguns escribas e fariseus perguntam a Jesus o motivo de seus discípulos não lavarem as mãos antes das refeições, segundo a tradição dos antepassados.

Jesus explica que não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas aquilo que sai de sua boca é que torna o homem impuro.

Jesus chama os  escribas e fariseus de hipócritas pois eles desobedecem os mandamentos de Deus em nome de suas tradições.

Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’; e ainda: ‘Quem amaldiçoar pai ou mãe merece a morte!’ 

Mas eles ensinavam que todo aquele que der uma oferta ao senhor está dispensado de honrar pai e mãe e assim anulam a palavra de Deus em nome da tradição deles. 

Isso mostra a hipocrisia dos fariseus e escribas, que somente utilizavam a lei de Deus quando interessavam a eles,  caso contrário, aplicavam suas próprias leis, mesmo sendo contrário às palavras de Deus.

Depois de Jesus ter explicado sobre o que torna o homem impuro, os seus discípulos se aproximaram dele e disseram: 

— O Senhor sabe que os fariseus ficaram escandalizados com suas palavras?

Jesus respondeu-lhes: 

— Toda planta que não foi plantada por meu Pai celeste será arrancada. 

Deixem eles: são cegos guiando cegos. E se um cego guia outro cego, ambos caem no buraco.

Pedro então disse: 

— Senhor, explica-nos esta parábola.

E Jesus respondeu: 

— Também não compreenderam? Não entenderam que tudo o que entra pela boca vai para o estômago e depois é lançado fora? Mas o que sai da boca é o que vem do coração, e é isso que torna o homem impuro. Pois é do coração que vêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios e outras coisas imorais como furtos, falsos testemunhos e mentiras. Isso sim é que torna o homem impuro e não comer sem lavar as mãos. 

Entendimento Tradições dos fariseus (parte 2) Mateus 15:12-20

Em Mateus capítulo 15, versículos 12 a 20, os discípulos alertam Jesus sobre a indignação que suas palavras causaram aos fariseus, com sua crítica às tradições. Jesus, no entanto, não se importa com a opinião dos líderes religiosos e alerta seus discípulos sobre a cegueira espiritual destes líderes. 

Posteriormente, quando Pedro pede explicação sobre a parábola que Jesus havia contado (sobre o que torna o homem impuro), Jesus esclarece que o que contamina uma pessoa não é o que entra em seu corpo (como alimentos contaminados), mas o que sai de seu coração. Ele explica que os maus pensamentos, assassinato, adultério, roubo, mentira e blasfêmia, são os verdadeiros contaminantes, pois vêm do coração e da mente humana, que é a fonte de todo mal.

Essa passagem destaca a diferença entre a religiosidade superficial, representada pelas tradições humanas, e a pureza interior, que deve ser cultivada no coração.

Jesus enfatiza que a verdadeira pureza não é observada apenas em rituais externos, mas na transformação interior, no cuidado com os pensamentos e ações. A mensagem é clara: a moralidade verdadeira vem de dentro e reflete a conexão autêntica com Deus.

Jesus foi para a região de Tiro e Sidom, e em determinado momento, apareceu uma mulher cananeia, daquela região, gritando:

— Senhor, Filho de Davi, tenha compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente atormentada pelo demônio.

Porém, Jesus não lhe deu nenhuma resposta.

Os discípulos, então, chegaram perto Dele e disseram:

— Senhor, mande a mulher embora, pois ela está gritando atrás de nós.

Mas Jesus respondeu:

— Fui enviado somente para as ovelhas perdidas de Israel.

A mulher, chegando perto de Jesus, ajoelhou-se diante Dele e suplicou:

— Senhor, me ajude!

Jesus, então, disse a ela:

— Não é correto tirar o pão dos filhos e jogar aos cães.

A mulher respondeu:

— É verdade, Senhor, mas os cães, também, comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.

Jesus, exclamando, disse:

— Mulher, como é grande a sua fé! Que seja feito conforme a sua vontade.

E naquele instante a filha da mulher ficou curada.

Entendimento A mulher cananeia Mateus 15:21-28

Em Mateus capítulo 15, versículos 21 a 28, Jesus tem um encontro com uma mulher cananeia que, desesperada pela cura de sua filha, se aproxima Dele. Inicialmente, Jesus parece indiferente, não respondendo à sua súplica, o que surpreende. Os discípulos, então, pedem que Ele a afaste, mas Jesus, fala com a mulher, revelando-lhe que sua missão é direcionada primeiro aos judeus, como o "pão dos filhos", indicando que seu ministério em Israel tem prioridade. Contudo, a mulher persiste em sua fé e, com humildade, responde que até os cães (referindo-se aos gentios) podem comer das migalhas que caem da mesa. Esta resposta demonstra uma grande confiança no poder de Jesus, independentemente da sua origem. Impressionado com sua fé, Jesus a elogia e cura a filha da mulher.

Essa passagem destaca a persistência, a humildade e a fé genuína, contrastando com a reação inicial dos discípulos e a visão limitada de alguns judeus sobre o alcance da salvação. 

A mulher cananeia, representando os gentios, é um exemplo de como a fé autêntica ultrapassa barreiras culturais e é reconhecida por Jesus, que revela que a salvação está disponível a todos, não limitada aos filhos de Israel.

Jesus saiu de onde estava e foi para a margem do mar da Galileia. Chegando lá, subiu a um monte e ali sentou-se.

Se aproximou Dele uma imensa multidão, trazendo com ela coxos, cegos, mudos e muitos outros doentes, colocando-os aos pés de Jesus. Jesus curou a todos.

A multidão ficou admirada ao ver que os mudos falavam, os coxos curados, caminhando e os cegos vendo. Todos davam graças ao Deus de Israel.

Entendimento Curas no monte Mateus 15:29-31

Em Mateus, capítulo 15, versículos 29 a 31, Jesus cura no monte.

Após curar a filha da mulher cananeia,  Jesus foi para a margem do mar da Galileia e subiu a um monte.

Lá uma multidão se aproximou dele, trazendo com ela coxos, cegos, mudos e muitos outros doentes, colocando-os aos pés de Jesus. Jesus curou a todos.

Isso mostra o poder de Jesus, que curava todos os tipos de enfermidades.

Jesus sempre trabalhava no bem, e não se importava de curar as pessoas que, com fé, procuravam Ele.

Tenhamos fé para que sejamos curados de qualquer enfermidade, pois mesmo não estando vivendo na Terra no mesmo tempo em que Jesus habitou aqui, temos contato com Jesus e Deus através da oração e pensamento.

Sejamos sempre positivos e tenhamos fé para alcançar qualquer objetivo que tenhamos.

Jesus chamou Seus discípulos e disse-lhes:

— Tenho compaixão de todas essas pessoas, pois me acompanham há três dias, sem ter o que comer. Não quero mandá-los para casa em jejum, para que não desmaiem pelo caminho.

Porém, os discípulos disseram a Jesus:

— Onde conseguiremos, nesse deserto, pão suficiente para alimentar toda essa multidão?

Jesus lhes perguntou:

— Quantos pães vocês têm?

Os discípulos responderam:

— Sete e mais alguns pequenos peixes.

Jesus, então, mandou que a multidão sentasse no chão. Depois, tomou os sete pães e os peixes, deu graças a Deus e, partindo-os, deu-os aos Seus discípulos, que distribuíam a toda multidão. E todos comeram e ficaram saciados e, com o que sobrou, encheram sete cestos. Foram alimentados cerca de quatro mil homens, além de mulheres e crianças.

Jesus se despediu da multidão, entrou em um barco e foi para a região de Magdala.

Entendimento Segunda multiplicação dos pães Mateus 15:32-39

Em Mateus capítulo 15, versículos 32 a 39, Jesus demonstra profunda compaixão por uma multidão que o seguia há três dias sem ter o que comer. Percebendo a fome e a fraqueza do povo, Jesus decide alimentá-los, não apenas com um milagre, mas como expressão de cuidado e misericórdia. Este é o segundo relato da multiplicação dos pães e, desta vez, com sete pães e alguns peixinhos, alimentando cerca de quatro mil pessoas.

O episódio reforça o poder divino de Jesus e sua sensibilidade às necessidades humanas. Ao envolver os discípulos na distribuição do alimento, Ele os ensina a confiar em Deus e a serem instrumentos de provisão. Também há um simbolismo de inclusão: enquanto o primeiro milagre ocorreu em território judaico, este provavelmente ocorreu em uma região gentílica, ou seja, de não judeus, sinalizando que a compaixão de Jesus se estende a todos os povos. A sobra de sete cestos cheios de alimentos indica a abundância e a riqueza da graça divina. A narrativa revela o Messias não apenas como Mestre e Salvador, mas também como aquele que se importa com o bem-estar físico e espiritual das pessoas, encorajando seus seguidores a fazerem o mesmo.